
A Graça que Nos Ensina a Perdoar
Irmãos, há uma ferida profunda que percorre os lares, as igrejas, os corações: a amargura do coração não perdoado.
Não é apenas um ressentimento passageiro — é um veneno silencioso que corrói a alma, destrói relacionamentos, entristece o Espírito Santo e bloqueia a presença de Deus.
Muitos crentes dizem: “Deus me perdoou”, mas vivem com o punho cerrado contra quem os magoou.
Guardam ofensas como se fossem direitos.
Falam em oração, mas não conseguem dizer: “Eu perdoo.”
Mas o Senhor tem uma palavra clara:
“E, perdoando-vos uns aos outros, como também Cristo vos perdoou.”
— Colossenses 3:13
Este não é um conselho opcional.
É um mandamento divino, ligado diretamente à graça que recebemos em Cristo.
Porque a verdade é esta: só quem foi grandemente perdoado pode perdoar grandemente.
Neste sermão, vamos descobrir como a graça de Deus nos ensina a perdoar — não por força de vontade, mas por transformação do coração.
Não como obrigação, mas como resposta ao amor que primeiro nos amou.
A Graça de Deus é a Base para o Perdão Verdadeiro
O mundo ensina a perdoar com condições:
- “Só perdoo se pedirem desculpas.”
- “Perdoo, mas nunca esqueço.”
- “Vou tentar seguir em frente.”
Mas o evangelho revela um perdão incondicional, baseado não na mudança do outro, mas na obra consumada de Cristo na cruz.
Jesus, na cruz, disse: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.” (Lucas 23:34)
Ele não esperou arrependimento.
Não exigiu desculpas.
Perdoou por autoridade e graça.
Esse é o modelo do perdão cristão.
Você não perdoa porque o outro merece — você perdoa porque Cristo te perdoou.
E esse perdão não é fraco — é forte, sobrenatural, vitorioso.
O Perdão é um Fruto da Graça Recebida, não um Esforço Humano
Muitos acham que perdoar é uma questão de força de vontade.
Mas o apóstolo Paulo escreveu: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus.” (Efésios 2:8)
Se a salvação é pela graça, o perdão também deve ser.
Você não pode perdoar verdadeiramente se não entendeu profundamente o perdão que recebeu.
Jesus contou a parábola do servo incompassivo (Mateus 18:21-35) para mostrar essa verdade solene:
Um homem devia dez mil talentos — uma dívida impossível de pagar.
O rei, movido de compaixão, perdoou tudo.
Mas logo depois, o mesmo servo agarrou um colega que lhe devia cem denários — uma quantia pequena — e o lançou na prisão.
Jesus concluiu: “Assim vos fará também o meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um a seu irmão.” (Mateus 18:35)
O perdão que recebemos na cruz nos obriga a perdoar.
Não porque o outro mereça.
Mas porque nós também não merecíamos, e fomos perdoados.
A Graça de Deus nos Ensina a Perdoar Porque Ele Mesmo nos Perdoou Primeiro
João escreveu: “Nisto está o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou…” (1 João 4:10)
O mesmo princípio vale para o perdão: Deus nos perdoou primeiro.
Você não começou amando a Deus.
Ele começou amando você.
Você não começou perdoando.
Ele começou perdoando.
Romanos 5:8 afirma: “Deus prova o seu amor para conosco em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.”
Ou seja: você foi perdoado antes de se arrepender.
E é nesse lugar de graça que nasce o desejo de perdoar.
Quando você contempla o tamanho do seu débito, e vê que foi cancelado, você não pode negar o mesmo ao próximo.
O Perdão é um Ato de Fé, não de Sentimento
Muitos dizem: “Não consigo perdoar, porque não sinto.”
Mas o perdão não é um sentimento — é uma decisão de fé.
Assim como você creu na cruz para ser salvo, você crê na cruz para perdoar.
Você não espera sentir para crer — você crê para que o sentimento venha.
Perdoar não é:
- Dizer que está tudo bem
- Esquecer o que aconteceu
- Voltar ao mesmo relacionamento
Perdoar é:
- Largar o direito à vingança
- Entregar a causa a Deus
- Parar de alimentar a amargura
- Decidir, por fé, não usar mais a ofensa como arma
É um ato de obediência.
E quando você obedece, o céu responde.
O Perdão Liberta Quem Perdoa, não Apenas Quem é Perdoado
O maior beneficiário do perdão não é quem o recebe — é quem o dá.
Porque a amargura é uma prisão.
Quem guarda rancor vive acorrentado ao passado.
Hebreus 12:15 adverte: “Tenham cuidado para que ninguém se prive da graça de Deus, e para que nenhuma raiz de amargura brote e cause perturbação.”
A amargura não só entristece o Espírito Santo (Efésios 4:30), como bloqueia a unção, a paz e a comunhão com Deus.
Quando você perdoa, você não está liberando apenas o outro — você está se libertando.
Você sai da prisão da lembrança.
Você rompe cadeias emocionais.
Você restaura a comunhão com Deus.
A Graça de Deus nos Ensina a Perdoar Porque Ele nos Dá um Novo Coração
O problema do coração humano não é apenas o pecado cometido — é a natureza caída que produz pecado.
E enquanto o coração permanecer doente, o homem continuará guardando mágoas.
Mas Deus prometeu: “Também vos darei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne.” (Ezequiel 36:26)
Esse novo coração é sensível a Deus.
É misericordioso.
É disposto a perdoar.
Porque foi regenerado pelo Espírito Santo.
Você não precisa forçar o perdão — você precisa depender do Espírito.
E quando Ele opera, o coração muda.
O Perdão é Essencial para a Comunhão com Deus
Jesus foi claro: “Se estiverdes oferecendo a vossa oferta diante do altar, e aí vos lembardes de que o vosso irmão tem alguma coisa contra vós, deixai ali diante do altar a vossa oferta, e ide reconciliar-vos primeiro com o vosso irmão; e então vinde, e oferecei a vossa oferta.” (Mateus 5:23-24)
Isso significa que a comunhão com Deus está ligada à reconciliação com o irmão.
Você não pode orar com liberdade enquanto guarda amargura.
1 João 4:20 diz: “Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso.”
O amor a Deus se manifesta no amor ao próximo — especialmente no perdão.
Conclusão: Decida-se pelo Perdão, por Graça
Irmão, você não precisa de mais força — precisa de mais graça.
Você não precisa sentir — precisa crer.
Você não precisa esquecer — precisa entregar.
Hoje, Deus te chama a perdoar.
Não por obrigação.
Mas por gratidão.
Porque Ele te perdoou muito.
Levante-se como homem ou mulher novo.
Diga: “Senhor, eu perdoo. Eu entrego essa dor a Ti. Eu confio em Ti.”
E nesse momento, a paz voltará.
A alegria retornará.
A unção será restaurada.
“E, perdoando-vos uns aos outros, como também Cristo vos perdoou.”
— Colossenses 3:13
Chamado Final: Decida-se pelo Perdão
Se este sermão tocou seu coração, levante-se espiritualmente e declare:
“Senhor Jesus, eu Te agradeço pelo Teu perdão. Hoje, por fé, eu perdoo [nome da pessoa ou ‘quem me ofendeu’]. Eu solto o coração da amargura. Eu escolho a Tua graça. Em nome de Jesus, amém.”
Tema-A-Graca-que-Nos-Ensina-a-Perdoar.pdf (17 downloads )
Pr Reginaldo Santos
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