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Jesus é Deus? Alguma Vez Jesus Afirmou Ser Deus?


A pergunta “Jesus é Deus?” está no centro da cristã. Para milhões de crentes ao redor do mundo, a resposta é um sim inabalável. Mas em um tempo de pluralismo religioso, ceticismo intelectual e interpretações conflitantes das Escrituras, muitos se perguntam: Jesus realmente afirmou ser Deus? Ou foi uma ideia inventada pela Igreja séculos depois?

A Bíblia não registra Jesus dizendo exatamente as palavras “Eu sou Deus” em um único versículo isolado — mas isso não significa que Ele não tenha declarado Sua divindade. Na verdade, Jesus fez afirmações tão explícitas, profundas e provocadoras sobre Sua identidade que forçaram Seus ouvintes a reconhecerem: ou Ele era blasfemo… ou era o Filho de Deus encarnado.

Neste artigo, vamos mergulhar com profundidade teológica, fidelidade bíblica e clareza histórica na questão central: Jesus é Deus? E, mais importante, alguma vez Jesus afirmou ser Deus?

Examinaremos textos-chave dos Evangelhos, o contexto judaico da época, os títulos que Jesus usou para Si mesmo, as reações dos líderes religiosos e o testemunho dos apóstolos — tudo para revelar a verdade mais transformadora da história: Jesus não apenas falou de Deus — Ele disse que é Deus.


O Contexto Judaico: Um Povo Monoteísta e a Gravidade da Blasfêmia

Para entender o peso das declarações de Jesus, é essencial lembrar o contexto em que Ele viveu. O povo judeu era rigorosamente monoteísta. Desde o Éxodo, Deus havia dito:

“Ouve, Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor.” (Deuteronômio 6:4 – o Shemá)

Qualquer sugestão de que um homem fosse Deus era considerada blasfêmia, punível com morte por apedrejamento (Levítico 24:16).

Portanto, quando Jesus fez declarações que implicavam divindade, não foram mal-entendidos — foram entendidas exatamente como Ele pretendia. E os líderes judeus reagiram com indignação, porque sabiam que Ele estava reivindicando algo impossível para um mero profeta.


1. “Antes que Abraão Existisse, Eu Sou” – João 8:58

Um dos momentos mais dramáticos ocorre em João 8, durante uma discussão com fariseus que questionam a autoridade de Jesus.

Ele diz:

“Se alguém guardar a minha palavra, nunca verá a morte.” (João 8:51)

Os judeus respondem com incredulidade:

“Tu és ainda um jovem, e já viste Abraão?” (João 8:57)

Então Jesus responde com uma declaração que os leva imediatamente à ira:

“Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, eu sou.” (João 8:58)

Esse versículo é explosivo por dois motivos:

1. “Antes que Abraão existisse”

Abraão viveu cerca de 2.000 anos antes de Cristo. Dizer que existiu antes dele é afirmar existência eterna — algo que só pertence a Deus.

2. “Eu sou”

Essa expressão não é apenas “eu existo”. Em grego, é “Egō eimi” (ἐγώ εἰμι), a mesma forma usada na Septuaginta (versão grega do Antigo Testamento) para o nome de Deus em Êxodo 3:14:

“Disse Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU.”

Ao dizer “eu sou”, Jesus não está apenas afirmando existência passada — está invocando diretamente o nome sagrado de Deus. Os judeus entenderam perfeitamente: aquilo era uma reivindicação de divindade.

“Então pegaram pedras para o apedrejarem…” (João 8:59)

Por que queriam matá-Lo? Porque acabara de se declarar Deus.


2. “Eu e o Pai Somos Um” – João 10:30

Em outra ocasião, Jesus caminha no templo durante a Festa da Dedicação. Os judeus O cercam e exigem:

“Até quando nos hás de turbar a alma? Se tu és o Cristo, dize-no-lo abertamente.” (João 10:24)

Jesus responde:

“Eu vos tenho dito, e não credes; as obras que faço em nome de meu Pai, elas testificam de mim… Minhas ovelhas ouvem a minha voz… e dou-lhes a vida eterna.” (João 10:25–28)

E então vem a declaração decisiva:

“Eu e o Pai somos um.” (João 10:30)

Os judeus novamente pegam pedras para apedrejá-Lo.

Jesus pergunta:

“Tenho-vos mostrado muitas boas obras da parte de meu Pai; por qual delas me apedrejais?”

Eles respondem com clareza absoluta:

“Não te apedrejamos por boa obra, mas por blasfêmia; porque tu, sendo homem, te fazes Deus.” (João 10:33)

Observe: eles não discordam do que Ele disse — discordam do que Ele é. Eles entendem perfeitamente que, ao dizer “somos um”, Jesus está se colocando no mesmo nível do Pai.


3. O Título “Filho do Homem”: Mais do Que Um Profeta

Jesus frequentemente se chamava de “Filho do Homem”, um título extraído de Daniel 7:13–14:

“Estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha nas nuvens do céu um como o Filho do Homem… e lhe foi dado domínio, glória e reino; e todos os povos, nações e línguas o servirão. O seu domínio é um domínio eterno, que não passará, e o seu reino não será destruído.”

Este “Filho do Homem” não é um ser humano qualquer — é uma figura celestial, adorado por todas as nações, com um reino eterno. Quando Jesus usa esse título (mais de 80 vezes nos Evangelhos), Ele não está negando Sua divindade — está afirmando-a de forma simbólica e profética.

Além disso, ao usar “Filho do Homem”, Jesus assume o direito de:

  • Perdoar pecados (Marcos 2:10)
  • Julgar o mundo (João 5:27)
  • Voltar nas nuvens (Mateus 24:30)

Tudo atributos exclusivos de Deus.


4. O Direito de Perdoar Pecados – Marcos 2:5-12

Quando Jesus cura um paralítico, Ele começa dizendo:

“Filho, perdoados são os teus pecados.” (Marcos 2:5)

Imediatamente, os escribas pensam:

“Por que diz este assim blasfêmias? Quem pode perdoar pecados, senão só Deus?” (Marcos 2:7)

Eles têm razão: perdoar pecados é um privilégio exclusivo de Deus, pois todo pecado, em última instância, é contra Ele (Salmo 51:4).

Mas Jesus, sem hesitar, responde:

“Para que saibais que o Filho do Homem tem poder na terra para perdoar pecados… levanta-te, toma a tua cama e vai para casa.” (Marcos 2:10–11)

A cura física é a prova visível do poder espiritual invisível. Ele não apenas diz que perdoa — demonstra autoridade sobre a doença, a morte e o pecado.

Só Deus pode fazer isso.
E Jesus o fez.


5. A Adoração Recebida por Jesus

Na cultura judaica, adorar alguém além de Deus era idolatria. Mas Jesus aceita adoração repetidamente:

  • Após andar sobre as águas, os discípulos O adoram:“Verdadeiramente tu és o Filho de Deus.” (Mateus 14:33)
  • Após a ressurreição, Maria Madalena Lhe toca os pés e O adora (Mateus 28:9).
  • Tomé, ao vê-Lo ressuscitado, exclama:“Senhor meu, e Deus meu!” (João 20:28)

Jesus não corrige Tomé. Não diz “não me adore”. Ele aceita a adoração como devida.

Isso seria inconcebível se Ele não fosse Deus.


6. O Batismo: A Trindade Revelada

No batismo de Jesus, a Trindade inteira é manifestada:

“E Jesus, sendo batizado, saiu logo da água; e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre ele. E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.” (Mateus 3:16–17)

Pai falando do céu.
Espírito descendo sobre Jesus.
Jesus no centro.

Três pessoas distintas, uma única ação de aprovação e revelação.
Jesus não é apenas o Filho amado — é objeto da alegria do Pai desde toda a eternidade.


7. O Testemunho dos Apóstolos: Jesus é Deus Encarnado

Após a ressurreição, os discípulos não veem mais Jesus como um mestre ou profeta — mas como Senhor e Deus.

João escreve no início de seu evangelho:

“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.” (João 1:1)
“E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós…” (João 1:14)

Paulo afirma:

“Nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade.” (Colossenses 2:9)

“…Jesus Cristo, que é o Soberano sobre todas as coisas, Deus bendito para sempre.” (Romanos 9:5)

Tito chama Jesus de:

“Grande Deus e Salvador nosso.” (Tito 2:13)

Hebreus cita Deus Pai falando ao Filho:

“Teu trono, ó Deus, é eterno e perpetuo…” (Hebreus 1:8)

Esses escritores eram judeus devotos. Nenhum deles teria chamado um homem de “Deus” — a menos que tivessem visto, tocado e sido transformados por Aquele que é verdadeiramente Deus.


Conclusão: Sim, Jesus é Deus — e Ele Mesmo Disse Isso

Jesus pode não ter dito exatamente “Eu sou Deus” em uma frase isolada — mas cada ação, cada milagre, cada título e cada declaração apontam para Sua divindade.

Ele:

  • Usou o nome sagrado “Eu Sou”.
  • Aceitou adoração.
  • Perdoou pecados.
  • Reivindicou unidade com o Pai.
  • Foi chamado de “Deus” pelos apóstolos.
  • Ressuscitou dos mortos.
  • Promete voltar para julgar o mundo.

E tudo isso com autoridade absoluta.

A pergunta final não é apenas “Jesus é Deus?”, mas:
“Você vai adorá-Lo como seu Senhor e Salvador?”

Porque, como disse Paulo:

“Todo joelho se dobrará e toda língua confessará que Jesus Cristo é o Senhor.” (Filipenses 2:10–11)

A diferença é:
Alguns dobrarão em arrependimento.
Outros, em condenação.

Mas todos reconhecerão:
Jesus é Deus.

E aquele que bate à porta hoje,
um dia virá nas nuvens com poder.
O mesmo Jesus.
O mesmo Deus.
O mesmo Senhor.

“Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade, e estais completos nEle…” (Colossenses 2:9–10)

Pastor Reginaldo Santos

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Pr Reginaldo Santos

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